Portugal enfrentava enormes dificuldades econômicas e financeiras com a perda de seus domínios no Oriente e na África. As lavouras de cana-de-açúcar já não lucravam mais com antes e começam a perder prestígios.
Depois de uma pequena descoberta de jazidas na Capitania de São Vicente, a mineração começa a tomar fôlego só no século XVIII , mais precisamente nas décadas de 50 á 70, marcada pela extração de ouros e diamantes nas regiões de goiás. Mato Grosso e principalmente Minas Gerais: o foco da extração de ouro no Brasil.
A descoberta de ouro e o início da grande exploração da minas nas regiões auríferas (Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás) provocou uma verdadeira "corrida do ouro" para estas regiões. Pessoas desempregadas, de várias regiões do país, partiam em busca do sonho de ficar rico em pouco tempo.
Com a "corrida do ouro" se espalhando cada vez mais, o rei D. João V decide frear essa expansão criando um sistema fiscal usado para monitorar as regiões auríferas: o quinto:
O quinto nada mais era do que o imposto pago, por cada pessoa que encontra-se ouro nas dependências brasileiras. Ele correspondia a quinta parte (20%) de toda a extração mineral do país.
Enquanto o ouro ainda era abundante, a população não sofria nenhuma conseguência, mas com a escassez de ouro começando a vingar o exército real começa a ir nas casas dos mineradores e lavradores recolhendo todo o ouro necessário para que a cota de 20% fosse cumprida. Veja na tabela abaixo a queda da extração de ouro no país:
Vintênio | Total em kg. |
1691-1700 | 15.000 |
1701-1720 | 55.000 |
1721-1740 | 177.000 |
1741-1760 | 292.000 |
1761-1780 | 207.000 |
1781-1800 | 109.000 |
Havia dois tipos de extração naquela época: a faiscação e a lavra.
A faiscação correspondia a pequena extração, o trabalho do próprio garimpeiro que
era um home livre, que usava poucos recursos e de algumas vezes tinham pequenos ajudantes. Esses ajudantes poderiam ser escravos ou outros homens livres que estivessem dispostos a submeter-se a mineração.
Mão-de-obra escrava nas jazidas de ouro
Essa atividade acontecia geralmente nas regiões ribeirinhas e, na maioria das vezes, de maneira irregular.Este cenário torna-se mais comum pelos fins do século XVIII, quando a mineração entra num processo de franca decadência.
Já a lavra é bem diferente do processo de faiscação. As lavras correspondiam as empresas que dispunham de ferramentas especializadas para o trabalho de extração nas jazidas. Sua principal mão-de-obra eram os escravos africanos.
A lavra foi o tipo de exportação mais frequente no auge da mineração. Grandes investimentos foram responsáveis pela contrução de grandes empreendimentos e obras na região aurífera.
Durante muito tempo, os diamantes foram ignorados pela maioria da população. Somente após 30 anos que Lourenço de Almeida, governados das Gerais, decidiu enviar para Portugal algumas pedras para serema analilsadas. Pouco tempo depois, o Regimento para os Diamantes é criado, onde também deveria ser cobrado o quinto de tudo o que fosse explorado, assim como no ouro.
O principal centro de extração foi no Arraial do Tijuco, hoje Diamantina em Minas Gerais. Então, em 1734 foi criado em Diamantina um sistema de exclusividade de exploração de diamantes para um único contratador, visando uma maior controle sobre a região.
Devido ao intenso contrabando e sonegação, como também ao elevado valor do produto, a metrópole decretou a Extração Real em 1771, representando o monopólio estatal sobre o diamante, que vigorou até 1832.