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Revoltas Coloniais e Conflitos
Revoltas Coloniais e Conflitos

Revoltas Coloniais e Conflitos

Graças a exploração exagerada da metrópole (Portugal) ocorreram várias revoltas e conflitos contra essas medidas.

Guerra dos Emboabas:

 

Quando as notícias de descoberta de ouro em Mnas Gerais se espelharam pelo Brasil, milhares de pessoas migraram para a região. Depois de tanta agitação, o fluxo de forasteiros desagradou os paulistas. Acreditavam que por terem descoberto as minas e por serem colonos da Capitania, os paulistas reivindicaram direito exclusivo de explorá-las.


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Quadro: Revolta do Emboabas

Durante 1 ano (1708 á 1709) ocorreram diversos conflitos armados nas zonas auríferas, envolvendo os paulistas e os portugueses aliados de recém-chegados a região. Os paulistas apelidaram seus adiversários de emboabas. Essa palavra indígena se referia ao fato de que os imigrantes protegerem as pernas e os pés com botas e rolos de panos, ficando parecidos com aves designadas por tal nome.

 

A derrota dos paulistas

Um dos episódios mais importantes da Guerra dos Emboabas foi o massacre de paulistas pelos embobas, no chamado Capão da Traição. Um grupo de paulistas chefiados por Bento do Amaral Coutinho prometeu aos paulistas que lhes pouparia a vida, caso se rendessem. Entretanto, quando eles entregaram suas armas, foram massacrados impiedosamente.

Como forma de protesto, os paulistas organizaram uma tropa de mais ou menos 1.300 homens. Esse comando viajou para Minas com o objetivo de aniquilar os emboabas, mas não chegou a atingir aquela capitania. A guerra favoreceu os emboabas e fez os paulistas perderem várias minas. Por isso, eles partiram em busca de novas jazidas.

 

Revolta de Felipe dos Santos

 

Quando Portugal aderiu ao sistema do quinto, Felipe dos Santos Freire foi contra essas condições da metrópole, por volta de 1720. Assim, essa revolta foi somente movida por fatores econômicos.

Um dos objetivos dessa revolta era impedir o estabelecimento das Casas de Fundição e manter a legalidade da circulação de ouro em pó, pois 1719, com a criação das Casas de Fundição em Minas Gerais, a circulação de ouro em pó foi proibida.

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Em 28 de junho de 1720 teve início a revolta em Vila Rica (atual Ouro Preto). Cerca de 2 000 revoltosos dirigiram-se para Ribeirão do Carmo, atual Mariana, e pressionaram o governador de Minas para que atendesse às suas exigências.

O governador concordou com os pedidos dos revoltosos, pois não contava com forças armadas para enfrentá-los. Assim que conseguiu tropas 
suficientes, o governador esmagou a revolta, mandando prender os cabeças do movimento.

Filipe dos Santos foi enforcado (16 de julho de 1720), e seu corpo esquartejado após a execução.

 

Inconfidência Mineira

A Inconfidência Mineira aconteceu em 1789 em Vila Rica (atual Ouro Preto). Assim como a Revolta de Felipe dos Santos, os inconfidentes lutaram contra os excessos cometidos na Derrama (decorrente da política do quinto) - ocasião que levou o povo ao desepero - que acentou-se com a decadência do ouro, em meados do século XVIII.

As idéias de liberdade, trazidas pelos estudantes brasileiros que haviam estudado fora, foram crucias para tomar as medidas necessárias.

Os principais inconfidentes foram os poetas Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa; os padres Carlos Correia de Toledo e Melo e Manuel Rodrigues da Costa; o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade; sem nos esquecermos de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que era dentre todos o que possuia menor posição social (era alferes e dentista prático). No entanto, foi o único a assumir a responsabilidade pelo movimento, inocentando seus companheiros.

Os planos do inconfidentes eram, primeiro, estabelecer um governo
independente de Portugal, criar uma universidade em Vila Rica (atual
Ouro Preto), criar indústrias para que o Brasil pudesse crescer como os
outros países da Europa e fazer de são João del-Rei a nova sede da
capitania.

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Tiradentes Esquartejado

Os inconfidentes haviam planejado adotar uma bandeira, que teria a frase latina Libertas quae sera tamen (Liberdade ainda que tardia) e que inspirou a bandeira do Estado de Minas Gerais.

A revolta aconteceria no dia da derrama, que o governo programava para 1788 e acabou suspendendo quando soube da conjuração.

Os planos por fim não dariam mais certo, pois inconfidentes com medo de serem pegos acabariam denunciando para o governador seus companheiros. Assim, o governador expediu ordens de prisão para todos os inconfidentes que foram cumpridas.

Apesar de quase todos serem presos, apenas Tiradentes teria com sua sentença a morte, por ser o único trabalhador, colono e sem influência política. No dia 21 de abril de 1792, Tiradentes é enforcado, sua cabeça é cortada e levada para Vila Rica (atual Ouro Preto). Além da cabeça, seu corpo é esquartejado e os restos mortais espostos em praça pública como exemplo.